domingo, 12 de maio de 2013

Entrevista: Banda Ancesttral




Pra você que curte o bom e velho Rock in Roll,  trago aqui um verdadeiro achado,  Ancesttral, uma banda de  Metal de ótima qualidade, com sonoridade única, a banda consegue nos por em dúvida, nacional ou não, é algo que realmente deve ser ouvido! Com vocês – Ancesttral:

Total Tone: A banda de vocês promete muito, porque tem ótima qualidade, músicas e a forma com que vocês trabalham é bem profissional, há quanto tempo a banda esta formada? Como surgiu a banda Ancesttral?

Ancesttral: Muito obrigado! A banda existe desde 2005, quando foi lançado o EP "Helleluiah". Mas apenas em 2006 o time foi completo pelo Leonardo Brito, Renato Canonico e Billy Houster, três meses antes de entrarmos em estúdio para gravarmos o "The Famous Unknown".



Total Tone: Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o timbre da guitarra nos solos, porque ele não é magrelo e sem vida como a maioria das bandas de gêneros mais pesados que ouvimos, qual o segredo do timbre dos solos da banda Ancesttral? Qual equipamento você usa?

Ancesttral: Muita gente acha que timbre de solo nada mais é do que o timbre da base com mais volume e ganho. Isso geralmente faz com que os solos percam a definição e embolem com a base. Tento pensar no timbre do solo como um timbre totalmente diferente da base. Outro erro recorrente entre os guitarrista é o pavor às frequências médias mas um médio bem regulado ajuda e muito a diferenciar o solo da base. Para solo, uso o canal 2 do Triple Rectfier no modo Vintage. Esse modo realça os médios e tem uma dinâmica sensacional!

Total Tone: Na música "We Kill" o timbre do baixo é bem marcante, por ser mais seco e médio e encaixou com perfeição com o timbre da caixa da bateria, isso mostra que a banda se preocupa muito com a produção de cada música em particular, quem faz essa produção para a banda, vocês mesmo fazem a produção das músicas? Se não, quem?

Ancesttral: A produção do disco "The Famous Unknown", onde está a música We Kill foi feita por Heros Trench e Marcello Pompeu. O EP "Bloodshed and Violence" foi produzido por nós mesmos e mixado e masterizado por Paulo Anhaia.



Total Tone: Pergunta para Alexandre Grunheidt: todo o conjunto sonoro parece ter sido feito especialmente para seu timbre de voz, isso foi mesmo uma preocupação da banda ou foi algo que nasceu naturalmente?

Alexandre Grunheidt: Como eu componho a maioria das músicas, naturalmente elas são feitas de uma forma que eu me sinta mais confortável para cantar.

Total Tone: Na música "The Famous Unknown" outra pessoa começa cantando quem seria?

Ancesttral: É o Paulo Anhaia, ex-baixista e vocalista do MonsteR. Na época em que o CD foi lançado a banda ainda existia. É uma pena que tenha acabado.

Total Tone: Pergunta para Renato Canônico: Você usa efeito no seu timbre? se sim, qual?

Renato Canônico: Eu uso um amplificador Ampeg SVT7 e um pedal SansAmp Bass Driver DI.



Total Tone: Pergunta para Leonardo Brito: Você sola muito bem, qual modelo de escala você prefere usar nos seus solos?

Leonardo Brito: Difícil dizer uma escala. Geralmente uso algumas combinações de modos. Gosto muito de combinar Dórico com a penta blues. Gosto bastante da intenção da Menor Harmônica para bases com alguma tensão.



Total Tone: As dobras de guitarras são muito bem feitas, quais os intervalos que vocês usam nas dobras? (terça, quinta, etc.)

Ancesttral: A maioria das dobras são em terça menor. Mas usamos algumas quintas que soam mais abertas. Em poucos casos, até intervalos de quatro justa também rolam quando a base pede alguma tensão.



Total Tone: Qual o show que mais marcou a carreira de vocês?

Ancesttral: Além do show de lançamento do CD, acho que foi a abertura para o Blind Guardian em Curitiba, em 2011.

Total Tone: O Brasil tem dois grande festivais de Rock, o Lolapaloosa em São Paulo e o Rock in Rio que acontece este ano no Rio de Janeiro, mas que já aconteceu em outros lugares também, você acha que a entrada de bandas de fora do gênero neste tipo de festivais pode ser de alguma forma prejudicial a cultura rock no Brasil?

Ancesttral: De forma alguma. Temos que entender que o nome Rock in Rio é apenas um nome chamativo, um apelo de marketing. Não dá para levar ao pé da letra. E, no final das contas, o Rock será dono de 4 dos 8 dias do festival, com bandas como Metallica, Iron Maiden e Slayer em seu cast. Por que reclamar? Quanto ao Lolapaloosa, é um festival de música "alternativa", não é um festival de Rock, apesar de ter várias bandas de Rock em seu cast. O Brasil está definitivamente na rota internacional de shows e é um caminho sem volta. Ao contrário de outros anos, hoje o Brasil enfrenta um "problema" no que se refere a quantidade de shows. Eles são muitos e o dinheiro para ingresso é pouco. Por isso, não acho que esses festival sejam prejudiciais a cultura Rock, mas sim ao bolso das pessoas.



Total Tone: Qual o futuro da boa música no Brasil? Vocês acreditam que passaremos por mudanças ou ainda veremos muitos lek lek's?

Ancesttral: Não haverá mudanças e ainda veremos coisas muito piores do que isso. Mas é a cultura do país. Um país formado por pessoas que tem uma educação de merda não pode se dar ao luxo de ter uma cultura musical popular rica. Por melhor que sejam os músicos de MPB (a de verdade) eles morrem de fome ou tocam em botecos, em sua maioria. Assim como é no Rock, principalmente no Heavy Metal, os músicos brasileiros são muito mais respeitados fora do Brasil do que aqui dentro. Enquanto isso, gente que não sabe uma nota musical sequer, fica rico "cantando" coisas que o povo burro entende fácil. Esse é o Brasil e assim será para sempre.



Total Tone: Quais serão os próximos shows?

Ancesttral: 12/5 - com Centúrias e The Sanity Days no Manifesto (São Paulo)

8/6 - com Trayce, Command6, Against Tolerance, Electric Age, Eclyotica no Inferno Club (São Paulo)


Total Tone: Quem quiser conhecer ainda mais a banda encontra vocês em quais links?

Ancesttral: Estamos em todas as redes sociais. Todos os links, músicas e vídeos podem ser acessados via www.ancesttral.com

Total Tone: Deixe um recado para a galera que curte boa música e está lendo essa entrevista agora.

Ancesttral: Gostaria de agradecer pela oportunidade e espero que curtam a banda e, principalmente, compareçam aos shows de suas bandas favoritas. Não gosto do discurso ufanista de "Vamos apoiar o Metal Nacional". Você deve apoiar as bandas que gosta. Apenas baixar os CDs e elogiarem em uma página do Facebook não é apoio. Pensem nisso!

Segue o Vídeo Clipe da Música: Bloodshed and Violence


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