segunda-feira, 20 de maio de 2013

Live In: CAZAVELHA com Retro Rock!




Hoje iniciamos um novo post, já aviso que como estes serão raros, pois não tenho como estar viajando sempre e acompanhando as bandas, o Live In irá acompanhar os shows das bandas underground com a intenção de te deixar com vontade de ir ver o show da banda, nada melhor que começar com uma banda de Rock!

Fui ao CAZAVELHA em Tatuí, um barzinho que comporta música ao vivo para prestigiar a banda RETROROCK, a banda formada por João Rodrigues no vocal, Rafael Oliveira na guitarra/vocal, Ricardo Sansa guitarra, Willian Morgan no contra baixo e Ricardo Teles na bateria, teve como palco um ambiente que era bem confortável, com mesas e espaço para se locomover, pois é, era – já no começo do show não tinha como andar dentro da casa, a banda que mandou cover's de grandes nomes dos anos 60, 70, 80 e 90 agitou a casa, o ponto alto na minha humilde opinião foram os cover's de metal, hard rock e rock in roll, ouvir Guns N' Roses, Metalica e Rolling Stones no mesmo show foi muito bom, o vocalista da banda João Rodrigues tem um timbre muito bom, presente da mãe natureza, que abrange vários sub-genêros do Rock de forma muito competente, os timbres de guitarra estavam sensacionais, seguidos por uma cozinha de primeira qualidade, um dos lances que mais me chamaram a atenção foi a preocupação da banda em fazer um som de qualidade e para que o som da bateria não se tornasse algo que incomodasse os ouvintes, a banda usou uma bateria eletrônica da Roland, claro que o baterista preferia usar uma bateria real, de madeira, mas é muito ver que eles poem o público em primeiro lugar.

O show que durou das 22:30h às 02:00h foi repleto de surpresas, dentre elas uma música tocada com um violão pelo Ricardo Sansa, algo que nunca tinha visto a banda fazer, com ambiente agradável e som de primeira linha o CAZAVELHA se tornou um verdadeiro point da cidade, a banda que prometeu voltar a casa dispensa comentários, ótima sonoridade, repertório e interação com o público, o show terminou e ficou aquele gostinho de quero mais no ar, prova clássica de quando um show é bom ou não!









Realmente foi um ótimo show, se você não conhece a banda RetroRock siga a banda no Facebook, se você já conhece a banda mas não conhece o CAZAVELHA, procure no Facebook a página da casa, se você conhece a banda, a casa e mesmo assim não foi no show, perdeu! Até o próximo Live In.

Entrevista: PETHALLIAN



Pra você que curte o som mais pesado das guitarras distorcidas do Heavy Metal, com letras que nos levam de volta ao século XVIII e IXX, essa banda é a sua cara, com letras que ligam o passado e o presente, trazendo Jack - O Estripador de volta a vida, a Banda Pethalian é nossa banda entrevistada de hoje, a banda de Tatuí interior de São Paulo traz uma sonoridade que tem como base a raiz do Heavy Metal, com temas muito bem elaborados, suas músicas são uma verdadeira máquina do tempo, contando histórias de um cenário Londrino alá Sherlock Homes; não que este seja o único tema que a banda aborde, mas com certeza está entre os preferidos pelos compositores da banda: Marcos e Fernando, a proposta da banda é fazer um som sincero e sem fazer aquele “Heavy Metal Módinha” de metaleiro de fim de semana, se você nunca ouviu um Heavy Metal tradicional, do final dos anos 70, começo dos anos 80, eis a salvação para seus ouvidos. Senhoras e Senhores, com vocês PETHALLIAN.

Total Tone: Olá galera do PETHALLIAN, sejam bem vindos ao Blog Total Tone, em primeiro lugar eu gostaria de saber um pouco mais sobre a banda, da onde veio, pra onde vai, como surgiu o PETHALLIAN?

PETHALLIAN: O Pethalian nasceu no final de 2009 e praticamente nasceu das cinzas da banda Pethallon, que foi uma banda em que na época, final dos anos 90, começou a ter uma repercussão na cena do Gotic Metal, mas a nossa proposta atual é esquecer completamente o rótulo Gotic e cair de cabeça no Heavy Metal raiz, que é o que estamos fazendo agora.

Total Tone: E a formação tem sido a mesma desde o início da banda, ou algum dos membros é novo na banda?

PETHALLIAN: Teve algumas alterações, do ensaio que você acabou de assistir o membro novo é o baterista, Willian Rochel, que era baterista do Simptomen, ouve uma troca de baterista ai, e no momento nós estamos precisando de uma segunda guitarra porque as músicas foram gravadas com duas e isso atrapalha um pouco a questão de harmonização.

Hoje a banda PETHALLIAN é formada por Marcos Riva no vocal, acompanhado por Ellà Néll, Humberto Masçau no Contra Baixo, Willian Rochel na Bateria e Fernando Almeida na guitarra.

Total Tone: E as músicas da banda, vocês mesmo compoem, vocês tocam cover's ou acabam misturando tudo nos shows?

PETHALLIAN: Como em todo show de Metal, a galera curte os cover's, então fazemos uma mistura das nossas músicas com músicas cover's dentro do nosso estilo.

Total Tone: E as composições do PETHALLIAN, quem escreve a maioria delas?

PETHALLIAN: As letras são escritas pelo Marcos Riva e as melodias, a maior parte o Fernando Almeida, as linhas vocais as vezes Marcos Riva, as vezes Fernando Almeida, em geral o Fernando Almeida já traz a melodia bem estruturada, mas sem a letra, as vezes com a linha vocal, as vezes sem, ai o Marcos Riva complementa com a letra.



Total Tone: Fernando, quando funciona seu processo de composição? Alguns guitarristas começam compor a melodia a partir de um riff, outros criam as composições em torno de uma base e vem complementando com riffs e por último um solo, como você faz?

Fernando Almeida: Depende, as vezes “vem” um riff e já sai a melodia de um refrão, as vezes “vem” a base, cada música nasce de um jeito.


Total Tone: Ellà Néll, você entrou na banda logo no começo, veio ainda da época do Pethallon, ou entrou mais recentemente na banda?

Ellà Néll: Eu entrei no PETHALLIAN desde o começo, na época do Pethallon eu apenas acompanhava a banda, mas como fã.

Total Tone: Humberto, sobre as linhas do contra baixo, ela chega pronta para você, nas composições criadas pelo Fernando, ou você constrói as linhas do contra baixo?

Humberto Masçau: O Fernando traz as linhas de guitarra e eu crio em cima das linhas de guitarra dele.

Total Tone: A maioria dos baixistas costumam seguir a linha do pedal de bumbo para criar suas linhas de baixo, assim criam uma ponte entra a bateria e as guitarras, você não, existe alguma razão especial para isso?

Humberto Masçau: Não tem uma razão especial, é meu feeling, tem horas que a música pede isso, tem horas que não, eu não sou um baixista muito técnico, eu crio o que eu acho que soa legal, se banda concordar com o que sair, fica na música.

Total Tone: Quais são suas influências, o que você escuta e que você tenta puxar pra banda?

Humberto Masçau: As minhas referências desde moleque são Sepultura, Metalica, Antrax e etc.

Total Tone: Você costuma usar efeitos no contra baixo?

Humberto Masçau: Não, eu gosto do som do baixo cru mesmo.



Total Tone: Fernando, como que monta o timbre de sua guitarra? Por exemplo, como você monta o timbre de seus solos?

Fernando de Almeida: Costumo usar o overdrive, quase sempre é o mesmo que uso para, mas adiciono mais reverb.

Total Tone: E você quando está compondo, você já pensa no efeito da guitarra durante o processo de composição, ou voc^costuma compor com o som limpo e vem produzindo os efeitos e testando o que funciona melhor?

Fernando de Almeida: Eu costumo compor com a guitarra desligada, ou com um amplificador pequeno e com o som limpo, depois venho produzindo a guitarra em cima do que eu compus.

Total Tone: Hoje você usou uma Les Paul, você sempre usa esse tipo de shape, já usou outros, como você escolhe a guitarra pra usar na banda?

Fernando Almeida: Eu tenho uma Jackson também, Fly in V, com captação EMG ativo, a pouco tempo comecei a usar a Les Paul.

Total Tone: E qual timbre é mais a cara do PETHALLIAN? Fly in V ou Les Paul?

Fernando Almeida: Não tenho uma preferência de timbre, como os captadores da Fly in V são ativos, ela fica com um timbre próximo da Les Paul, não tenho uma guitarra preferida não.



Total Tone: Humberto, seu contra baixo é ativo e passivo, como você prefere usar? Qual o timbre de baixo do PETHALLIAN?

Humberto Masçau: Eu costumo usar o ativo, com o som mais gordo e bem encorpado, pra gerar mais peso na banda.

Total Tone: Marcos, quando você esta compondo a letra da música, você escuta a melodia e fica pensando o que aquele som te lembra ou você já tem uma ideia pronta, como surge a letra em cima de uma melodia que o Fernando já criou?


Marcos Riva: Olha, quanto a letra, geralmente eu já tenho vários temas guardados aqui na mente pra eu poder usar, como se fosse um arquivo, que eu acho que encaixa com determinado tema (melodia), mas com relação as composições melódicas, eu e o Fernando já tocamos a muito tempo junto, então um já sabe como o outro funciona, fica uma coisa muito fácil quando chega com todo o instrumental pronto.
Total Tone: Ellà Néll, quando você entrou na banda, e começou a cantar com o Marcos Riva, que tem um timbre de voz grave, que as melodias do Fernando Almeida que também cria melodias de tom mais graves, como você fez para entrar com a sua voz ali no meio da banda?

Ellà Néll: Olha, eu sofro pra entrar com a minha voz ali no meio, o Iago que sabe na hora de gravar.

Marcos Riva: Ainda mais agora que eu estou pressionando ela, pra ela ter um vocal mais agressivo, então ela sofre mais ainda comigo agora.


Ellà Néll: É rsrsrs, eu costumo acompanhar o timbre dos instrumentos, se eles estão graves eu acompanho, se agudo também, para mim era difícil fazer as melodias mais graves, e eu não conseguia encontrar um meio ali para a minha voz ficar legal, até que eu comecei a jogar os agudos, chegando nas oitavas ideais, e mesmo assim é trabalhoso encontrar a afinação.

Marcos Riva: E nesse segundo trabalho nosso que nós estamos lançando, que é um split CD, que está saindo pelo selo Português Metal Soldiers, junto com o Symptomen e uma banda de metal de Portugal chamada Stone Rush, a tônica da concentração do trabalho foi essa, pegar o vocal da Ellà Néll e fazer soar agressivo, porque a música do PETHALLIAN esta cada vez mais agressiva, dentro do padrão do Heavy Metal tradicional, o timbre está pesado porque estamos usando uma afinação baixa, então necessitava que tanto eu, quanto ela, começassemos a soar mais agressivo no vocal, até mesmo pra gente fugir de vez do rótulo Ghotic Metal.

Total Tone: E como que está o PETHALLIAN hoje, com relação a CD, estrutura, shows e etc? E quais os planos para o PETHALLIAN, até o final do ano, começo do ano de 2014?

PETHALLIAN: Bem, como você agora está morando aqui e está vendo, a cena musical de Tatuí é meio morta, espero que mude, já tivemos esperanças de crescimento, principalmente com a banda anterior, mas tivemos tantas decepções ao longo do caminho, tanto com integrantes, quanto com estrutura que ultimamente andamos humilde de mais até com relação a planos e objetivos, mas se as coisas começarem a acontecer, claro que queremos crescer, seria bem vindo, mas sem perder as raízes, agora que a gente encontrou a gente não vai abrir mão disso.

Total Tone: mas vocês tem pretensão de buscar show pra fora do interior, no centro de São Paul opor exemplo?

PETHALLIAN: Tem uma coisa que limita e muito as bandas, que é a realidade econômica, a maioria tem empregos, que tomam conta de todo o dia e fica difícil sair de uma determinada região, por uma questão de tempo, mas o que estiver dentro de nosso alcance faremos sim, estamos apenas aguardando a oportunidade.


Total Tone: E pra quem produz shows de Metal, ou outra pessoa que queira contratar o show da banda, como faz pra encontrar o PETHALLIAN?

PETHALLIAN: Bom, o acesso básico tem sido o Facebook ou o Facebook dos integrantes:





Total Tone: Fora o PETHALLIAN, vocês tem outra banda, ou outra atividade ligada a música?

PETHALLIAN: O Marcos Riva gosta muito de escrever, tem planos de lançar um livro, nada certo ainda, mas tem uma página na revista Road Crew todo mês falando de horror e ocultismos no heavy metal e o Fernando trabalha em outra banda também o Withlast.

Total Tone: A gente vive em um país que qualquer coisa mau composta vira sucesso, como é pra vocês, que passam muito tempo produzindo as músicas, para ter algo de qualidade, vocês veem futuro no Brasil, ou fazem como outras bandas de metal e procuram um público fora do país?

PETHALLIAN: Olha, eu acho que está mais fácil entregar o Brasil para os funkeiros e ir embora daqui, é que não temos condições, antigamente a gente idealizava e imaginava ter uma banda pra conseguir chegar a algum lugar, hoje em dia, parece que a meta é sobreviver na cena, manter a banda, com o nome, as pessoas (integrantes), ensaiando, gravando, isso virou a meta, isso antes era a base, e por quê? Porque a cultura do Brasil é triste, a gente se envergonha com o estado que está a cultura do Brasil, o brasileiro que consome música como funk, sertanejo e pagode, mostra sua incapacidade de compreender a si mesmo e ao mundo, é uma vergonha.



Total Tone: Existe um projeto no Congresso, de que música se torne uma matéria obrigatória nas escolas no Brasil, você acha que aprendendo música, entendendo o que é música de qualidade, isso possa mudar?

PETHALLIAN: Só esse fator isolado não irá fazer com que melhore, vai criar mais bandas na cena, mas a iniciativa é válida, música é algo que deveria estar no curriculum escolar, assim como o inglês que nunca foi valorizado e hoje nós sentimos falta de uma boa educação no inglês.

Total Tone: Galera, eu agradeço muito pela entrevista, agradeço ao Iago por ter deixado a gente usar o estúdio, e eu queria que vocês deixassem um recado pra quem está lendo esta matéria:

PETHALLIAN: Nosso recado é, se você tem banda, não desista da banda, mas não crie castelo de sonhos, porque o conário está ruim, nó continuamos a acreditar, quem gosta de ter banda, sempre tem na adversidade ou não, nós somos teimosos, a gente vai acabar morrendo fazendo isso, esperamos que o nosso trabalho renda algum fruto.

Total Tone: É, se não render pra gente, que renda para as próximas gerações, porque hoje estamos lutando por eles! Muito obrigado mesmo pessoal.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Agenda TotalTone: RETRO ROCK no CAZAVELHA

Pra galera de Sorocaba, Tatuí, Cerquilho, Capela do Alto, Cesário Lange e região, e pra quem mais quiser pegar a estrada e vir até a Capital da Música prestigiar o show da Banda Retro Rock, fica postado aqui o Flyer do evento com o endereço e horário do show, e é claro que o Blog Total Tone estará presente para fazer a cobertura do evento!



domingo, 12 de maio de 2013

Musas do Rock: Larissa Alves - Banda Teorias




Garimpando a cena underground de São Paulo encontrei uma banda que é um verdadeiro achado do rock alternativo, Teorias, uma banda com uma sonoridade bastante agradável e com letras inteligentes, que tratam de assuntos relacionados ao universo amoroso jovem, mas sem aquela melação que costumamos ver nas músicas românticas da cena mainstream, a melhor parte é que a banda tem uma vocalista! Dona de uma voz aveludada e ao mesmo tempo capaz de gerar ganhos mais altos e com timbres mais encorpados, Larissa Alves assume a linha de frente da banda e é justamente com ela o post Musas do Rock de hoje, senhoras e senhores, Larissa Alves.

Total Tone: Larissa, primeiramente eu queria dizer muito obrigado em aceitar participar aqui com a gente do Blog Total Tone, fala um pouquinho da banda Teorias pra gente, quando nasceu, como você entrou na banda e tudo mais.

Larissa Alves: Obrigada você pelo espaço, a cena independente precisa muito disso! E a Teorias nasceu em 2007, com a primeira formação, foi entre amigos, chegou um brother meu em casa me mostrou um som e começamos a tocar na calçada de casa. Ele disse que tinha um amigo guitarrista, eu namorava com um cara que tocava bateria.. Nessa surgiu uma luz e falamos "Pow, vamos montar uma banda!". Todos já tiveram bandas antes, mas estava todo mundo parado. Essa formação durou um tempo, e por algumas diferenças, ou pela minha TPM talvez rsrs, acabamos nos separando e eu continuei com a banda, procurei novos caras, o Will (baixista) e o Mau (batera) eu já conhecia e eles abraçaram a ideia e o Ian (teclado) era brother do Will, e o Dan (guitarra) achei ele na internet, ele fez um ensaio e curtimos pra caramba a pegada dele. Ai ficou assim, tomara que eles aguentem minha TPM por bastante tempo hahahaha

Total Tone: Quando a música surgiu na sua vida? Quando você decidiu deixar de ser ouvinte e passar a ser criadora de música?

Larissa Alves: Pow, meu brinquedo preferido quando eu era pequena, era um gravadorzinho que tinha um microfone hahahaha. Eu ia pra praia, as crianças brincando na areia e eu la sentada, cantando rs. Minha mãe, tia e avô tocavam, então música sempre foi bem presente. Com os meus 13 anos, meu avô me deu o primeiro violão e dali eu comecei a aprender sozinha, e começou a surgir as primeiras letras (péssimas por sinal nessa época hahaha). E desde então, isso foi evoluindo, esqueci a ideia de ser jogadora de futebol hahaha e fui atrás da primeira banda, em 2005. Em 2005 eu me encontrei e passei a ser alguém inteira.


Total Tone: Quem compõe as músicas da banda?

Larissa Alves: Eu componho. São as minhas auto biografias, meu umbigo rs

Total Tone: Vocês tem três músicas postadas na internet e eu e todos os seus fãs queremos saber, quando teremos mais Teorias para ouvir?

Larissa Alves: Metade do ano sai o primeiro video clipe, com um som novo. Até final do ano, o CD sai com mais 9 sons novos. Esperar só mais um pouquinho rs

Total Tone: Vi algumas fotos sua empunhando um violão Martin & Co, você além de cantar toca outros instrumentos? Quais?

Larissa Alves: Toco violão, já fui baixista em uma banda (só engano), brinco na bateria (gosto muito, mas meu joelho não me permite rs) e agora minha nova missão é o violino, me desejem sorte, porque é difícil demaaaaais! hahahaha

Total Tone: A música "Retroprojetor" tem uma sonoridade que mistura o vocal da MPB com a base do pop Rock e mesmo assim tudo ficou muito bem casado, qual o segredo?

Larissa Alves: Acredito que as influencias, eu sou uma apaixonada por MPB, os caras jogaram as influencias deles e deu nisso. Acho que o segredo é a liberdade que a música tem, não é preciso se prender a um rótulo, música é alma, se tu sente, faz! Independente da mistura, se for feita de dentro pra fora, vai dar certo.

Total Tone: Vocês já participaram de vários festivais e tocam em grandes bares de São Paulo e cada vez mais percebo que isso é normal no Brasil, ótimas bandas, ótimos músicos, procurando um lugar ao sol, ai você liga o rádio e está tocando "Camaro Amarelo", "Eu quero Tchu, eu quero tacha" e "Haaaa lelek, lek, lek", você consegue ver uma luz no fim do túnel ou acha que o Brasil vai demorar ainda para valorizar a boa música?

Larissa Alves: Puts, isso é algo bem complicado. Pra isso mudar, não são as rádios, a mídia que tem que mudar. Somos nós saca? Nós temos que usar o poder no nosso NÃO! E não abraçar a primeira coisa que nos "oferecem". Tanta gente reclama, mas se acomoda. Eu fico fuçando, procurando bandas boas e encontro, não vou ouvir o que não gosto, só porque está mais fácil. As pessoas tem que acordar, ter personalidade e lembrar do que é cultura. Claro, existem pessoas que realmente gostam dessas músicas, mas acredito que não seja tanto quanto elas são expostas pra nós. Mas, tenho fé no ser humano e vou brigar até o ultimo dia pra achar essa luz no túnel.

Total Tone: Vocês já abriram show de algumas bandas grandes, como Pitty, Capital Inicial, Cueio Limão, Lip Stick e esqueci alguma? Como é para a banda abrir os shows de grandes músicos, qual a percepção deles com relação a Teorias?

Larissa Alves: Sim, abrimos e foi uma experiencia sensacional. Pitty e Capital foi algo único! Primeiro pela visibilidade que nos deu.. Tocar pra um público grande é uma sensação única, ter a chance de mostrar o teu som, teu trabalho pra um número tão grande de pessoas é extraordinário. E pra banda isso deu mais força, pra correr atras e um dia estar ali saca? Seguir os passos dessas bandas de renome.

Total Tone: Na música "Ponto Final", vocês fez a primeira e a segunda voz, por mais que pareça simples é necessário o mínimo de conhecimento em vocalização, você estudou ou estuda canto? Onde?

Larissa Alves: Boas partes da segunda voz é o baixista que faz, e ele é sensacional, todo mundo pensa que sou eu hahaha. Mas é algo bem complicadinho mesmo. Mas não, nunca estudei canto. Procuro ler artigos, coisas do tipo, mas aulas, nunca fiz.

Total Tone: Além do CD e do Vídeo Clipe até o final do ano, quais metas vocês pretendem atingir até o início de 2014?

Larissa Alves: O primordial é isso, o CD e o Vídeo Clipe.. Temos alguns planos e precisamos colocar em ordem de "prioridade", maaaaas é segredo, se falar agora da azar hahaha

Total Tone: Para quem quiser saber mais sobre a banda, ouvir as músicas, quais links ela deve acessar?

Larissa Alves: Nesses encontram a gente! 

Total Tone: Pra quem quer ver a banda ao vivo ( assim como eu rsrs), tem show marcado pelos próximos dias? Onde?

Larissa Alves: Que eu me lembro tem dia 07/06 em Osasco, 07/07 no Manifesto rs. Mas pretendemos ficar um pouco tranquilos em relação a shows por enquanto pra finalizar umas gravações e o Vídeo Clipe.



Total Tone: Deixe um recado para quem leu esta matéria e que provavelmente se tornará fã, porque a banda é realmente boa, e deixe uma dica para quem pretende ter uma banda tão boa quanto a Teorias!

Larissa Alves: Eu tenho só a agradecer as pessoas que botam fé em nós e acreditam e nos dão o prazer de mostrar algo que é tão sincero em nós, que é a nossa música. E pra quem quer ter banda, VÁ EM FRENTE! Tire qualquer pedra do caminho e não olha pros lados, acredite e arrisque sempre. O que é sincero, da certo uma hora. Amor, alma e entrega é o que faz a música acontecer!



Total Tone: Larissa, novamente agradeço a sua participação aqui com a gente no Blog Total Tone, ouvi muito a banda, a minha preferida é Retroprojetor, espero que vocês voltem aqui no Blog quando lançarem material novo.

Larissa Alves: Valeu de coração, e Retroprojetor é o meu xodó hahaha. E voltaremos sim, com certeza e com coisa nova. Beijo GRANDE e obrigada!

Entrevista: Banda Ancesttral




Pra você que curte o bom e velho Rock in Roll,  trago aqui um verdadeiro achado,  Ancesttral, uma banda de  Metal de ótima qualidade, com sonoridade única, a banda consegue nos por em dúvida, nacional ou não, é algo que realmente deve ser ouvido! Com vocês – Ancesttral:

Total Tone: A banda de vocês promete muito, porque tem ótima qualidade, músicas e a forma com que vocês trabalham é bem profissional, há quanto tempo a banda esta formada? Como surgiu a banda Ancesttral?

Ancesttral: Muito obrigado! A banda existe desde 2005, quando foi lançado o EP "Helleluiah". Mas apenas em 2006 o time foi completo pelo Leonardo Brito, Renato Canonico e Billy Houster, três meses antes de entrarmos em estúdio para gravarmos o "The Famous Unknown".



Total Tone: Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o timbre da guitarra nos solos, porque ele não é magrelo e sem vida como a maioria das bandas de gêneros mais pesados que ouvimos, qual o segredo do timbre dos solos da banda Ancesttral? Qual equipamento você usa?

Ancesttral: Muita gente acha que timbre de solo nada mais é do que o timbre da base com mais volume e ganho. Isso geralmente faz com que os solos percam a definição e embolem com a base. Tento pensar no timbre do solo como um timbre totalmente diferente da base. Outro erro recorrente entre os guitarrista é o pavor às frequências médias mas um médio bem regulado ajuda e muito a diferenciar o solo da base. Para solo, uso o canal 2 do Triple Rectfier no modo Vintage. Esse modo realça os médios e tem uma dinâmica sensacional!

Total Tone: Na música "We Kill" o timbre do baixo é bem marcante, por ser mais seco e médio e encaixou com perfeição com o timbre da caixa da bateria, isso mostra que a banda se preocupa muito com a produção de cada música em particular, quem faz essa produção para a banda, vocês mesmo fazem a produção das músicas? Se não, quem?

Ancesttral: A produção do disco "The Famous Unknown", onde está a música We Kill foi feita por Heros Trench e Marcello Pompeu. O EP "Bloodshed and Violence" foi produzido por nós mesmos e mixado e masterizado por Paulo Anhaia.



Total Tone: Pergunta para Alexandre Grunheidt: todo o conjunto sonoro parece ter sido feito especialmente para seu timbre de voz, isso foi mesmo uma preocupação da banda ou foi algo que nasceu naturalmente?

Alexandre Grunheidt: Como eu componho a maioria das músicas, naturalmente elas são feitas de uma forma que eu me sinta mais confortável para cantar.

Total Tone: Na música "The Famous Unknown" outra pessoa começa cantando quem seria?

Ancesttral: É o Paulo Anhaia, ex-baixista e vocalista do MonsteR. Na época em que o CD foi lançado a banda ainda existia. É uma pena que tenha acabado.

Total Tone: Pergunta para Renato Canônico: Você usa efeito no seu timbre? se sim, qual?

Renato Canônico: Eu uso um amplificador Ampeg SVT7 e um pedal SansAmp Bass Driver DI.



Total Tone: Pergunta para Leonardo Brito: Você sola muito bem, qual modelo de escala você prefere usar nos seus solos?

Leonardo Brito: Difícil dizer uma escala. Geralmente uso algumas combinações de modos. Gosto muito de combinar Dórico com a penta blues. Gosto bastante da intenção da Menor Harmônica para bases com alguma tensão.



Total Tone: As dobras de guitarras são muito bem feitas, quais os intervalos que vocês usam nas dobras? (terça, quinta, etc.)

Ancesttral: A maioria das dobras são em terça menor. Mas usamos algumas quintas que soam mais abertas. Em poucos casos, até intervalos de quatro justa também rolam quando a base pede alguma tensão.



Total Tone: Qual o show que mais marcou a carreira de vocês?

Ancesttral: Além do show de lançamento do CD, acho que foi a abertura para o Blind Guardian em Curitiba, em 2011.

Total Tone: O Brasil tem dois grande festivais de Rock, o Lolapaloosa em São Paulo e o Rock in Rio que acontece este ano no Rio de Janeiro, mas que já aconteceu em outros lugares também, você acha que a entrada de bandas de fora do gênero neste tipo de festivais pode ser de alguma forma prejudicial a cultura rock no Brasil?

Ancesttral: De forma alguma. Temos que entender que o nome Rock in Rio é apenas um nome chamativo, um apelo de marketing. Não dá para levar ao pé da letra. E, no final das contas, o Rock será dono de 4 dos 8 dias do festival, com bandas como Metallica, Iron Maiden e Slayer em seu cast. Por que reclamar? Quanto ao Lolapaloosa, é um festival de música "alternativa", não é um festival de Rock, apesar de ter várias bandas de Rock em seu cast. O Brasil está definitivamente na rota internacional de shows e é um caminho sem volta. Ao contrário de outros anos, hoje o Brasil enfrenta um "problema" no que se refere a quantidade de shows. Eles são muitos e o dinheiro para ingresso é pouco. Por isso, não acho que esses festival sejam prejudiciais a cultura Rock, mas sim ao bolso das pessoas.



Total Tone: Qual o futuro da boa música no Brasil? Vocês acreditam que passaremos por mudanças ou ainda veremos muitos lek lek's?

Ancesttral: Não haverá mudanças e ainda veremos coisas muito piores do que isso. Mas é a cultura do país. Um país formado por pessoas que tem uma educação de merda não pode se dar ao luxo de ter uma cultura musical popular rica. Por melhor que sejam os músicos de MPB (a de verdade) eles morrem de fome ou tocam em botecos, em sua maioria. Assim como é no Rock, principalmente no Heavy Metal, os músicos brasileiros são muito mais respeitados fora do Brasil do que aqui dentro. Enquanto isso, gente que não sabe uma nota musical sequer, fica rico "cantando" coisas que o povo burro entende fácil. Esse é o Brasil e assim será para sempre.



Total Tone: Quais serão os próximos shows?

Ancesttral: 12/5 - com Centúrias e The Sanity Days no Manifesto (São Paulo)

8/6 - com Trayce, Command6, Against Tolerance, Electric Age, Eclyotica no Inferno Club (São Paulo)


Total Tone: Quem quiser conhecer ainda mais a banda encontra vocês em quais links?

Ancesttral: Estamos em todas as redes sociais. Todos os links, músicas e vídeos podem ser acessados via www.ancesttral.com

Total Tone: Deixe um recado para a galera que curte boa música e está lendo essa entrevista agora.

Ancesttral: Gostaria de agradecer pela oportunidade e espero que curtam a banda e, principalmente, compareçam aos shows de suas bandas favoritas. Não gosto do discurso ufanista de "Vamos apoiar o Metal Nacional". Você deve apoiar as bandas que gosta. Apenas baixar os CDs e elogiarem em uma página do Facebook não é apoio. Pensem nisso!

Segue o Vídeo Clipe da Música: Bloodshed and Violence