O que alguém espera
quando compra uma guitarra de R$ 6.000, que som você espera obter
com uma Gibson Les Paul made in USA na mãos, ou uma Fender Custom
Shop? E no caso dos bateristas, o que vocês esperam quando compram
uma DW?
Todos esperamos o
óbvio, o melhor timbre que alguém pode querer de um instrumento,
mas porque eu pergunto isso? Porque me chama a atenção o quanto
deixamos a qualidade de lado na hora de comprar as peças de
reposição, hoje em dia, somente músicos muito preocupados com o
timbre de seus instrumentos se atentam para as peças de reposição,
e eu sinceramente não consigo entender isso, certa vez eu perguntei
há um cliente que queria trocar a chave seletora, porque não
comprar a da Fender, ele me respondeu: porque é muito cara! É claro
que será cara (perto de 50 reais ¬¬!) é a melhor chave seletora
do mercado, pois bem, instalei uma chave seletora chinesa de 10 reais
em uma Fender, isso é quase um sacrilégio, o que eu percebo que
falta a alguns músicos é um conhecimento básico sobre como
funciona cada peça de seu instrumento, quando você olha um
potenciômetro Fender, a primeira coisa que você nota é o tamanho
do raio da peça, alguns modelos chegam a ter 8 mm de raio (Raio é
distância do centro até a borda de uma determinada peça), enquanto
a peça chinesa tem em média 3 mm, o que isso quer dizer na prática?
Isso quer dizer que a
quantidade de energia que passa por um é menor que a quantidade de
energia que passa por outro, a capacidade de transferência é a
mesma, 250K, então porque é ruim? Por um motivo simples, quando
tinha aulas de elétrica na faculdade de Engenharia da Universidade
de Sorocaba, um dos professores sempre dizia, pensa em elétrica como
um encanamento, onde a água é a eletricidade e o cano o fio, bem
simples não, você tem 250 ml de água e quer por e um dos copos que
você possui, um com 250 ml reais e outro com teoricamente 250 ml, na
verdade é uns 246 ml, em qual copo você colocaria a água se não
quisesse perder nada? Claro que no primeiro copo, mas porque quando
passamos de água para energia escolhemos o de 246 ml, ou, 246K, que
é arredondado para 250k?
E o que acontece com os 4 ml restante do
copo, bem, no copo ele transbordaria, na parte elétrica ele
comprime, ou seja, corta frequências, agora imagina isso acontecendo
3 vezes segundo em uma strato, ou 4 vezes por segundo em uma Les
Paul, bem, o timbre de sua guitarra de 6 mil reais já não é o
mesmo, mas a coisa piora quando falamos da chave seletora, segurando
uma chave seletora de qualidade é fácil notar a diferença de uma
chave seletora chinesa, o cliente olha aquela chave seletora, rústica
e sem tecnologia praticamente e pensa, isso deve ser um lixo,
pois é
exatamente o contrário, quase não há elementos oxidantes naquele
sistema, somente os polos de ligação, a taxa de transferência é
tão grande, que é como se o captador estivesse ligado direto no
Jack, enquanto a outra chave, que é feita com placa de circuito, que
por sinal é a primeira a enferrujar, logo gasta o polo de seleção
e a primeira a ir pro lixo, como tem uma taxa de transferência menor
e o sinal que sai dos captadores são mais fortes, ela não consegue
transmitir todos os sinais que ela recebe,
algumas frequências
também ficam de fora, as vezes na ansiedade de ter determinado
problema resolvido, pegamos a primeira solução que aparece, quando
damos conta nossa guitarra mais parece uma Condor, o Baixo soa como
um Eagle e a Batera, quando compro o primeiro jogo de pele que vejo,
lembra muito uma BNB! Nesse momento lembramos de um ditado bem velho
– O barato, sai caro! Você até pode explicar o porque comprar uma
peça ruim para um instrumento bom, mas isso não justifica.
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