domingo, 28 de abril de 2013

Dica de Luthier! Loucos por Guitarras - um blog super interessante e de leitura obrigatória!

Boa noite Galera, gostaria de apresentar a vocês o post do blog: Loucos por Guitarra (http://guitarra99.blogspot.com.br/) o blog trata somente sobre guitarras - sua construção, melhorias e novidades da indústria, achei esse post muito interessante e acredito que vocês devam conhecer esses fatos! Segue a matéria :)


sábado, 6 de abril de 2013


Me engana que eu gosto! A invasão das guitarras chinesas

          Eu tenho várias coisas na manga pra postar - tipos de junção braço/corpo, uma série de dicas grátis do meu amigo luthier Inaldo... Mas depois que li a excelente coluna do mestre luthier Jol Dantzig na revista Premier Guitar deste mês (clique para ler) e sua repercussão (clique para ler), resolvi falar justamente sobre isso: até que ponto os grandes (e médios e de boutique) fabricantes de guitarra estão terceirizando a sua produção no oriente (leia: China, Coréia, Indonésia, Filipinas, India, etc.)?

JOL DANTZIG

Em sua coluna, o luthier Jol Dantzig, um dos criadores da Hamer Guitars, menciona que recebe constantemente "ofertas" de grandes fábricas chinesas para produzir guitarras com eles. Eles enviam fotos de pilhas enormes de guitarras de várias marcas conhecidas, lado a lado. Além disso, listam os nomes das empresas para as quais produzem guitarras e baixos.
Jol Dantzig, vendo a lista dos clientes desses chineses, diz: "Ei! Eu pensava que esses caras realmente faziam suas guitarras..."


Quem são "esses caras"? Eu fico pensando... Além dos de praxe, Gibson, Fender, PRS, com suas segundas linhas, será que Fano, Framus, Reverend, Godin, Music Man, D'Angelico, GJ (nova Grover Jackson), Parker, G&L, etc., realmente fazem suas guitarras? Até o nosso velho mestre Tagima sucumbiu à tentação e tem uma linha chinesa. Ontem fui na loja Mensageiro Musical e vi uma nova guitarra da Tagima, modelo Les Paul. Extremamente parecida (peso, detalhes, acabamento, braço) com as Condor CLP. Vi um violão Giannini e outro Strinberg idênticos, só mudavam os logos. TUDO chinês e se bobear, da mesma fábrica.
Pra completar o devaneio patético, o violão Giannini tinha problemas de afinação - parece que eles não conseguem fazer um violão bom nem na china - PQP!

Enfim, virou essa palhaçada que no Brasil beira o ridículo. Tem "fábricas" aqui que não apertam um parafuso sequer. A maioria consiste num escritório de importação e um depósito pra receber a carga chinesa.

Nunca engoli caras como o Bill Nash. Putz, ele só monta e finaliza. Tudo bem que os fornecedores são americanos e bons, mas isso eu também faço aqui em casa. O foda mesmo é ver uma Telecaster montada por ele ser vendida na Two Tone de São Paulo por 7 mil reais.

Eu posso desenhar um modelo de guitarra, inventar algumas alterações simples mas manter grande parte do visual de alguma guitarra clássica, entrar em contato com uma fábrica qualquer na china (como a Shandong Huayun, da foto abaixo) e, com um CNPJ nas mãos, criar uma marca própria. Coloco um anúncio na Guitar Player Brasil e... pronto, virei um "fabricante nacional".
O Jol Dantzig acabou de postar que o pessoal (os montadores de guitarra disfarçados de produtores) já começou a reclamar do que ele postou. Ele devia é ter dado os nomes!


PS1: Não estou criticando a qualidade das guitarras chinesas. As top de linha são muito bem feitas e o processo de automação/CNC nos dias de hoje é quase uma garantia de tocabilidade. Mesmo guitarras vendidas para os nossos "fabricantes nacionais", que às vezes custam menos de 100 dólares completas, podem ser viáveis e úteis para iniciantes. Vários luthiers e pessoas do meio (Tim Shaw, Jol Dantzig, J. T. Riboloff, etc.) já mencionaram que o oriente tem capacidade de produzir excelentes guitarras.
A questão aí é que alguns fabricantes estão omitindo a origem de suas guitarras. Como consumidores, temos direito à essa informação.

Entrevista: GUTO GABRELON



Total Tone: Olá Guto, desde já agradeço a sua participação aqui no Blog Total Tone, primeiro eu gostaria que você falasse um pouco de você, seus trabalhos e seus projetos para os nossos leitores que ainda não conhecem o seu trabalho.

Guto Gabrelon: Olá. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer pelo espaço cedido e parabenizar o blog, é de espaços assim que precisamos no Brasil para valorizar a nossa música.
Eu comecei na música aos 13 anos de idade ouvindo alguns LP's do Iron Maiden, foi o que me alavancou a ter a vontade de tocar guitarra. Entrei num curso de violão onde aprendi apenas os acordes básicos (o violão não serve de iniciação para a guitarra como alguns pensam, mas na época eu ainda não sabia disso...), e com a famosa técnica de "tentativa e erro", comecei a tirar algum sons do Maiden no violão. Foi só então que me decidi entrar no mundo da guitarra (com 15 anos), tive sorte de ter um professor muito dedicado na época, Fabricio Fenili, que me deu uma ótima base de teoria e técnica. O tempo foi passando, e hoje sou professor de guitarra e tenho um álbum de rock instrumental, o "Fire Machine"

Total Tone: A música Police Chases é muito boa, tem ótimo timbre, ótima melodia e uma pegada de primeira qualidade, nos fale um pouco sobre  ela, de onde surgiu a ideia da composição e tudo mais.

Guto Gabrelon: Engraçado você começar peguntando pela "Police Chases", porque a intro dela foi a primeira composição que eu fiz para o álbum. Quando eu a fiz e ouvi, o que me veio na cabeça foi a idéia de uma perseguição policial, então não pensei duas vezes para usar esse título.
Eu já fazia algumas composições para estudo próprio, e no meio dessas idéias nasceu este riff da intro. Essa música me deu inspiração e motivação para continuar compondo no estilo instrumental.

Total Tone: Na música The Wise, você tocou um violão em uma praia mais clássica/erudita, qual a ligação do seu jeito de tocar e a música clássica? O estudo da música clássica te ajudou de alguma forma na guitarra rock?

Guto Gabrelon: Eu tenho influências de Symphonic Metal e Metal Melódico. Também já ouvi muita música clássica e barroca. Beethoven, Mozart e Bach são meus favoritos. Tudo isso me influenciou muito a gostar do violão erudito. A "The Wise" é o resultado disto, misturado com a minha visão e gosto musical. Eu acabei estudando o estilo neo-clássico na guitarra ouvindo guitarristas como Jason Becker. Tudo isso me ajudou muito no meu desenvolvimento musical, não sou um guitarrista neo-clássico, mas o estilo está embutido na minha forma de tocar.

Total Tone: Alguns guitarristas só pensam em tocar rápido e fritar a escala, outros se preocupam mais com o timbre e com a melodia e as vezes acabam deixando de por algumas passagens rápidas nas músicas, você não, você consegue acelerar na hora certa e você percebe a hora certa de frear o solo, como você dosa isso, quando é para fritar e quando é para segurar o solo?

Guto Gabrelon: Eu acho que esses problemas de tocar "só lento" ou "só rápido" vêm do fato de você ouvir só uma coisa, um estilo. É claro que você só vai ouvir o que te agrada, mas muitas pessoas, quando descobrem um estilo do seu gosto, param no tempo e só ficam naquele som. A idéia é continuar buscando mais sons para acrescentar na sua bagagem, assim você não fica só com uma opção e consegue dosar na medida da sua intenção. Eu sempre busquei ouvir um pouco de tudo, pois existem idéias geniais em muitos estilos musicais. Já ouvi muito Metal, Hard Rock, Música Clássica e Blues.




Total Tone: Na música Hard'n Heavy o timbre de sua guitarra esta mais pesado, quais foram as mudanças de equipamento para esta música? 

Guto Gabrelon: Utilizei uma guitarra Jackson com captador Evolution plugada em um Laney valvulado. Mas tem um detalhe: Na base, gravei 4 guitarras sincronizadas com afinação Dropped D! hehe. Adorei o resultado!

Total Tone: A música Thunder é especial no CD, ela tem todos os ingredientes que uma música instrumental de guitarra precisa ter, técnica, melodia, timbre e boa pegada, nos fale um pouco sobre essa música.

Guto Gabrelon: A "Thunder" foi uma das primeiras que disponibilizei para download. Essa foi feita aos pedaços, haha. Escrevia uma parte e não sabia pra onde continuar, uns dias depois a idéia vinha, a assim foi. Eu sou muito auto-crítico, portanto não me contento com o "mais ou menos". Se fiz uma introdução boa e não sei como dar sequencia, não escrevo qualquer passagem para continuar, eu paro ali mesmo e a música fica naquilo (as vezes por alguns meses!) até eu achar alguma idéia que agrade meus ouvidos!

Total Tone: Como você construiu as dobras de guitarra para o CD Fire Machine?

Guto Gabrelon: As dobras e duetos foram as últimas coisas que organizei no álbum, deixei isso para o fim porque acho que a música tem que soar completa sem esses detalhes. Assim, quando isso é adicionado, você tem uma boa música associada com uma boa produção.




Total Tone: Como nasceu o CD Fire Machine?

Guto Gabrelon: Bom, na época em que estava estudando, começando a compor e quando saiu a idéia da "Police Chases", nem me passava pela cabeça a idéia de lançar um álbum. Simplesmente fui seguindo com os estudos, sempre compondo e pegando influências. Sempre busquei ter um som com cara própria, na época eu ouvia muito Steve Vai, mas nunca quis soar igual a ele ou a qualquer outra influência minha. Quando me dei conta, eu já tinha uma certa quantidade de músicas escritas. Aí veio aquele estalo na mente: "Se eu continuar com isso, posso lançar um álbum de rock instrumental". Falando assim até parece fácil, mais foi um longo caminho e de muito estudo. E sei que tem muito mais pela frente!

Total Tone: Qual equipamento você usou na gravação da CD?

Guto Gabrelon: Usei meus equipamentos e também peguei alguns emprestados. No total foram:
Jackson D 10-Pro com captação Spirit
Jackson JDR com captação Dimarzio (Evolution)
Walczak Walkirie com captação EMG
Tagima 737 com captação Seymour Duncan (JB Jr)
Pedaleira Boss GT-10
Ampli Laney GH100L com caixa 4x12 Celestion Seventy 80s
O álbum foi gravado no BYZ Brasil Studio, em Santo André.

Total Tone: É fácil reconhecer o som de Joe Satriani pela sua pegada, seu timbre e o largo uso de módulos gregos, o que você acha que mais caracteriza o som de Guto Gabrelon?

Guto Gabrelon: Gosto do som do Satriani e do Vai, o estilo e o fraseado. Sempre curti também uma pegada blues em solos.
Acho que se alguem me conhecer um pouco, saber o que estudei e ouvir as minhas influências, vai entender na hora de onde vem minha idéia de solo e composição. Além do Satriani e Vai, algumas de minhas principais influências foram o Ardanuy, Kiko Loureiro, Juninho Afram, Dave Murray, Adrian Smith, Jason Becker, Zakk Wylde, entre alguns outros.

Total Tone: De todas as músicas de sua autoria, qual é aquela que você escuta e diz "é essa!", tem alguma música que você goste em especial?

Guto Gabrelon: Sim, tem: "Mirror"! Pra quem não sabe, o nome dessa música tem uma explicação: Quando eu comecei a escrevê-la, eu tinha uma idéia muito fixa de como essa música deveria soar e qual clima eu queria que ela tivesse, mas ainda não sabia quais frases usar e como passar essa idéia para a guitarra. No fim das contas, deu 100% certo! Por isso a batizei de "Mirror", porque consegui "refletir" na guitarra exatamente o que estava pensando. Muito filosófico? Talvez, mas deu certo...haha




Total Tone: No Brasil é muito difícil músicos de verdade serem reconhecidos, é um absurdo mas é verdade e a nossa realidade, com o projeto de lei que tramita no congresso nacional, projeto esse que prevê o acréscimo da disciplina musical no curriculum escolar, a aprovação, na sua opinião, seria um grande passo para o reconhecimento da boa música no país, ou estamos fadados a viver com músicas ruins e com palavras sem significado algum? (ex: lek lek lek, tchu tchu tcha, e outras coisas desse tipo)

Guto Gabrelon: Tenho conhecimento deste projeto e sou totalmente a favor. Como professor de música, vejo no meu dia-a-dia o quanto o estudo musical ajuda no desenvolvimento de uma pessoa, não só pelo ouvido mais atento e pelo conhecimento adquirido, mas a música nos dá um senso de organização! Coisa que falta na vida dos brasileiros. Mas para ser realmente funcional, essa disciplina tem que ser lecionada da maneira correta nas escolas, de forma que mostre um novo universo para o aluno. Porque, ficar só escrevendo e decorando nomes de figuras e notas, ninguém merece...
Na minha opinião, música ruim é resultado da falta de cultura musical. Eu sou de Santo André, e aqui qualquer pessoa pode assistir um concerto da orquestra sinfonica gratuitamente, e tem apresentações o ano todo. Mas quantas pessoas procuram saber disso? E das que sabem, quantas vão ao teatro assistir? Educação musical tem que vir desde a escola, só assim se gera o interesse!

Total Tone: Você é endorse de alguma marca? Se sim qual?

Guto Gabrelon: Não sou endorse de nenhuma marca, estou aberto à propostas! hehe




Total Tone: No começo da matéria você disse que também dá aulas de guitarra, para quem tem interesse em ter aulas com você, você leciona em alguma escola ou são aulas particulares mesmo? 

Guto Gabrelon: Sim, comecei a dar aulas com 16 anos de idade, em 2004. Leciono em duas escolas de música em Santo André: a "Studio Pastore" (curso de guitarra),  e no"BYZ Brasil Studio", onde além de aulas de guitarra, estou montando alguns novos cursos, um deles é o"Teoria e Leitura Aplicada".
Total Tone: Qual a grade do curso que você ministra?Guto Gabrelon: Dou aulas para alunos de todos os níveis, meu curso abrange:

- Leitura
- Campo Harmônico
- Escalas
- Intervalos
- Técnicas
- Exercícios
- Composição
- Improvisação

Total Tone: Deixe o contato para quem quer ter aulas com você.

Guto Gabrelon: BYZ Brasil Studio:
http://www.facebook.com/BYZBrasilstudio?ref=ts&fref=ts

Studio Pastore:
http://www.studiopastore.com.br


Ou quem preferir, é só me mandar um e-mail:
contato@gutogabrelon.com


Total Tone: Guto, só tenho a agradecer a sua presença aqui no Blog Total Tone, muita sorte para você e sua carreira, deixe o seu contato para quem quer entrar em contato com você, qual link deve acessar? 

Guto Gabrelon: Sou eu que agradeço, pra quem quiser conhecer o "Fire Machine", baixar gratuitamente e ficar em contato, é só acessar:

Site Oficial: http://www.gutogabrelon.com
Facebook: http://www.facebook.com/gutogabrelonoficial
YouTube:http://www.youtube.com/gutogabrelon
E-mail: contato@gutogabrelon.com


Se você esta lendo esta matéria e quer conhecer melhor o trabalho de Guto Gabrelon acesso os links postados, também irei postar alguns vídeos aqui para que você assista e curta este ótimo músico!








quinta-feira, 25 de abril de 2013

T H E W A S T E D - Live in Cerquilho!

THE WASTED  - Banda muito boa, sonzeira de qualidade para quem curte o bom velho Rock! O interior de São Paulo tá cheio de banda boa e nós como garimpeiros do rock levamos até você somente o melhor!


domingo, 21 de abril de 2013

Dica de Luthier: Cry Baby versus Cry Baby




Acho que todo mundo que conhece ao menos um pouco do pedal de Wah-Wah Dunlop Cry Baby GCB-95 fica na dúvida de qual indutor vai vir quando se compra um, essa semana comprei um Cry Baby, é o segundo que tenho, quando chegou o Sedex aqui em casa corri para abrir a caixa e a primeira coisa que fiz quando segurei o pedal em minhas mãos foi desmontá-lo inteiro para tirar a dúvida que o vendedor não sabia responder, ele tinha o indutor Fasel ou Dunlop?
Pra quem não entende muito deste pedal, o indutor é a peça responsável pelo efeito Wah-Wah, por alguma razão que ainda não foi acertada com clareza, algumas lendas dizem que a fábrica fechou, outras lendas dizem que a Vox comprou a fábrica da Fasel e isso impedia a venda para a Dunlop, da história real pouco se sabe, o que importa é que do final dos anos 70 até o ano de 2010 os pedais Cry baby CGB-95 vinham equipados com o indutor Dunlop, depois desta data, lançou-se o Cry Baby GCB-95F – o F se deve justamente ao fato deles virem o com indutor Fasel, clássico indutor e grande responsável pela fama dos pedais Cry Baby nos pés de Jimi Hendrix, Eric Clapton entre outros, a volta do indutor Fasel a elétrica do Cry Baby causou certo reboliço no mercado de pedais de Wah-Wah , hoje, algumas unidades da linha mais simples, o GCB-95, também estão vindo com o tal indutor lendário, conseguimos testar os dois pedais ao mesmo tempo, não vamos discutir a elétrica deles, no Blog Hand Made existem inúmeros tópicos fazendo isso de forma mais brilhante do que eu poderia sequer imaginar em fazer, aqui vamos falar da diferença de som e diferença do timbre dos pedais, que é o que interessa mesmo na hora de decidir a escolha de compra.

Indutor Dunlop à esquerda e Fasel à direita


A primeira coisa que quis testar é o True Bypass, li muitas discussões a respeito disso, os dois pedais desligados e dês-energizado fizeram a função True Bypass, li comentários que se a bateria acabasse o som do músico iria ficar mudo, MITO! Os pedais sem nenhuma fonte de energia transmitiram o sinal para o amplificador e sem perda de frequência (compressão) ou outra interferência, se você olhar as imagens onde os circuitos estão expostos verão que as chaves são de modelos (ligações) diferentes umas das outras, SPDT ou DPDT, as duas realizaram a função do True Bypass perfeitamente, já que de fábrica, nenhum modelo é True Bypass, todos são TRUE HARDWIRE BYPASS, ainda segundo alguns comentários em Blogs americanos - Cry Baby True Bypass só existe no Brasil, na cabeça de alguns guitarristas - não há mudança de timbre, não houve mudança de volume, compressão, nada! Era como se a guitarra estivesse ligada direto ao amplificador.

Circuito com o Indutor Red Fasel
Circuito com Indutor Dunlop

  Existe diferença de timbres entre eles, quando ligado, o pedal com o indutor Fasel tem agudos mais profundos e graves mais rasos, já o pedal com o indutor Dunlop tem graves mais profundos e agudos mais rasos, também percebi no pedal com o indutor Dunlop que o curso do pedal é maior que o pedal com o indutor Fasel, o pedal com o indutor Fasel por alcançar agudos mais profundos precisa de maior atenção do usuário, uma vez que seu uso com guitarras de timbre mais médio/agudo como por exemplo: Soloist, Fly in V, Ice Man e outras guitarras de timbre mais magros, podem gerar pequenos “trincos” no timbre, distorcendo o som, em guitarras como Les Paul, Les Paul S, Explorer, FireBird e outras guitarras mais “corpulentas” o usuário pode ir até o final do curso do pedal sem medo, no caso de guitarra Strato a cautela vai depender do estilo da captação que você está usando, testamos em duas Fenders, uma Fender American Traditional com captação Tex Mex e uma Fender Mexicana com captação Texas Special, ambas dispensaram o uso de todo o curso do pedal, utilizamos 85% do curso para que não trincasse o som da guitarra, quando testado em uma Gibson Les Paul Zakk Wylde signature o pedal com o indutor Dunlop soou grave de mais, em função do modelo da guitarra, logo para obtermos um melhor timbre, utilizamos o pedal após 15% do início do curso.
Com o teste realizado podemos afirmar que:

1 – se você usa uma guitarra com o timbre magro – compre o pedal com indutor Dunlop, que tem o som mais grave e menos agudo.
2 – se você usa uma guitarra com timbre gordo (cheio) – compre o pedal com o indutor Fasel, que alcança agudos mais profundos e tem graves mais rasos.
3 – se você gosta de voar pelas escalas enquanto utiliza o WahWah – compre o pedal com o indutor Fasel, que tem um curso menor e soou melhor em solos.
4 – se você usa o Wah-Wah em bases de Reggae ou outro estilo com o timbre mais limpo e um uso mais lento do curso do pedal – compre o pedal com o indutor Dunlop, onde você tem maior opção de timbres, mas lembre-se que usá-lo em velocidades mais altas irá embolar o som.




Como disse no começo do tópico, há vários post falando sobre a elétrica do sistema, mas se você pretende entender sobre o som que essas variações elétricas causam, sigam este post que vai direto ao que interessa.
Para realizar estes teste, tive a ajuda de um grande amigo, Rafael Oliveira, guitarrista da banda Retro Rock, utilizamos amplificadores Marshall Master Lead Combo 1x12 1983, Land Scape Predator 65 1x10, Cabeçote Mesa Boogie Dual Rectifier ligada em uma caixa Crate 4x12, de guitarras usamos: Fender American Traditional 1999 com captação Tex Mex, Fender Mexicana 1996 com captação Texas Special e uma Gibson Epiphone Zack Wylde Custom Signature com captadores EMG's ativos 85\81.



Dica de Luthier! Peças da China, até explica, mas não justifica!




O que alguém espera quando compra uma guitarra de R$ 6.000, que som você espera obter com uma Gibson Les Paul made in USA na mãos, ou uma Fender Custom Shop? E no caso dos bateristas, o que vocês esperam quando compram uma DW?
Todos esperamos o óbvio, o melhor timbre que alguém pode querer de um instrumento, mas porque eu pergunto isso? Porque me chama a atenção o quanto deixamos a qualidade de lado na hora de comprar as peças de reposição, hoje em dia, somente músicos muito preocupados com o timbre de seus instrumentos se atentam para as peças de reposição, e eu sinceramente não consigo entender isso, certa vez eu perguntei há um cliente que queria trocar a chave seletora, porque não comprar a da Fender, ele me respondeu: porque é muito cara! É claro que será cara (perto de 50 reais ¬¬!) é a melhor chave seletora do mercado, pois bem, instalei uma chave seletora chinesa de 10 reais em uma Fender, isso é quase um sacrilégio, o que eu percebo que falta a alguns músicos é um conhecimento básico sobre como funciona cada peça de seu instrumento, quando você olha um potenciômetro Fender, a primeira coisa que você nota é o tamanho do raio da peça, alguns modelos chegam a ter 8 mm de raio (Raio é distância do centro até a borda de uma determinada peça), enquanto a peça chinesa tem em média 3 mm, o que isso quer dizer na prática?



Isso quer dizer que a quantidade de energia que passa por um é menor que a quantidade de energia que passa por outro, a capacidade de transferência é a mesma, 250K, então porque é ruim? Por um motivo simples, quando tinha aulas de elétrica na faculdade de Engenharia da Universidade de Sorocaba, um dos professores sempre dizia, pensa em elétrica como um encanamento, onde a água é a eletricidade e o cano o fio, bem simples não, você tem 250 ml de água e quer por e um dos copos que você possui, um com 250 ml reais e outro com teoricamente 250 ml, na verdade é uns 246 ml, em qual copo você colocaria a água se não quisesse perder nada? Claro que no primeiro copo, mas porque quando passamos de água para energia escolhemos o de 246 ml, ou, 246K, que é arredondado para 250k? 



E o que acontece com os 4 ml restante do copo, bem, no copo ele transbordaria, na parte elétrica ele comprime, ou seja, corta frequências, agora imagina isso acontecendo 3 vezes segundo em uma strato, ou 4 vezes por segundo em uma Les Paul, bem, o timbre de sua guitarra de 6 mil reais já não é o mesmo, mas a coisa piora quando falamos da chave seletora, segurando uma chave seletora de qualidade é fácil notar a diferença de uma chave seletora chinesa, o cliente olha aquela chave seletora, rústica e sem tecnologia praticamente e pensa, isso deve ser um lixo, 



pois é exatamente o contrário, quase não há elementos oxidantes naquele sistema, somente os polos de ligação, a taxa de transferência é tão grande, que é como se o captador estivesse ligado direto no Jack, enquanto a outra chave, que é feita com placa de circuito, que por sinal é a primeira a enferrujar, logo gasta o polo de seleção e a primeira a ir pro lixo, como tem uma taxa de transferência menor e o sinal que sai dos captadores são mais fortes, ela não consegue transmitir todos os sinais que ela recebe, 



algumas frequências também ficam de fora, as vezes na ansiedade de ter determinado problema resolvido, pegamos a primeira solução que aparece, quando damos conta nossa guitarra mais parece uma Condor, o Baixo soa como um Eagle e a Batera, quando compro o primeiro jogo de pele que vejo, lembra muito uma BNB! Nesse momento lembramos de um ditado bem velho – O barato, sai caro! Você até pode explicar o porque comprar uma peça ruim para um instrumento bom, mas isso não justifica.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Show com a banda Constantine!


Boa noite galera - segue o flayer do show da banda Constantine, a super carismática Monalisa Constantine nos deu a honra de sua presença aqui no Blog no último domingo, próximo domingo dia 21 de abril, elas estarão no Território Custom em Guarulhos! Não perca a oportunidade de ouvir boa música - apareçam!

domingo, 14 de abril de 2013

Dica de Luthier! Eduardo Duarte


Boa noite galera que curte voar nas escalas do bom e velho Rock, Metal, Blues, Jazz e tudo mais, hoje o Dica de Luthier traz um vídeo que foi postado por um grande amigo meu e colaborador deste Blog: Eduardo Duarte, ele dá uma dica muito legal sobre o correto uso da mão direita na guitarra e no violão, o vídeo parece simples e com uma dica pouco produtiva, pois é, se você pensou isso é porque você provavelmente está usando o braço, a coluna e até a perna pra tocar, menos o punho!


Acessem o vídeo porque vale a pena! É uma dica muito simples, mas que pode mudar toda a sua forma de tocar e mudar para melhor é claro!


Este outro vídeo é a chegada de uma obra de arte, alias eu nem sei mais se o Eduardo Duarte é guitarrista ou joalheiro! Que coisa linda! Tem que ver...



Espero que vocês tenham gostado e até a próxima!

Musas do Rock! MONALISA CONSTANTINE




Hoje iniciamos um novo Post aqui no Blog, Musas do Rock! Prometo tentar postar novas instrumentistas toda a semana, mas isso vai depender de encontra-las, este é um garimpo árduo! Hoje trago a vocês Monalisa Constantine, da banda Constantine, uma banda que vocês precisam ouvir, conhecida em todo o Brasil, natural de São Paulo a banda já participou de vários festivais e é figura certa em qualquer casa de shows que se preza!

Senhoras e Senhores - Monalisa Constantine.

Bruno Moscan: Olá Monalisa, é um prazer poder entrevistar você aqui no Mundo Rock! Primeiro eu gostaria que você falasse um pouco de você, onde você nasceu, quantos anos tem, casada, solteira, namorando etc.

Monalisa Constantine: Primeiramente quero agradecer ao Blog pelo contato! Fiquei muito feliz em poder participar dessa entrevista!!
Bem meu nome é Monalisa Kate Tabarino, tenho 28 anos, nasci em São Bernardo do Campo mas morei em Santo André durante quase toda a minha vida, atualmente moro a 2 anos e meio em São Paulo exatamente por conta dos compromissos da banda!



Bruno Moscan: E qual foi a reação da sua Família quando você chegou pra sua família disse: Gente, vou sair de casa, vou ser Musa do Rock?

Monalisa Constantine: Hahahahhaha meus pais sempre me apoiaram muito... meu pai me deu meu primeiro violão e minha primeira guitarra, se eles não tivessem do meu lado nada seria tão perfeito! Só tenho a agradecer eles por tudo e dizer que amo demais minha familia! Então quando tive que sair eles estavam do meu lado!

Bruno Moscan: Você sabe que é muito raro ver garotas empunhando um instrumento como guitarra, contra baixo e bateria, quando surgiu em você a vontade de aprender a tocar um instrumento e porque você escolheu o contra baixo?

Monalisa Constantine: Hoje em dia acho que não é mais tão raro garotas tocando instrumentos, eu sempre amei musica, ganhei meu primeiro violão aos 15 anos, já tive guitarra e bateria tambem, porem me apaixonei pelo contra baixo assim que peguei para tocar, é um instrumento realmente apaixonante e toco a cerca de 4 anos!



Bruno Moscan: E você estuda ou estudou em alguma escola, tem ou teve professor particular ou aprendeu no modo hard mesmo? Com a ajuda de amigos, revistas e internet?

Monalisa Constantine:Eu ja estudei em duas escolas, a ultima foi a EM&T, tive otimos professores! Mas a gente aprende muito na pratica.. tem que estudar SEMPRE, estando na escola ou não!

Bruno Moscan: Como a banda Constantine surgiu na sua vida, nos fale um pouco sobre a sua entrada na banda?

Monalisa Constantine: Eu tocava em uma outra banda com a Mariana e a Emily (guitarristas) e por motivos pessoais a vocalista teve que se mudar para outro estado, então resolvemos montar outra banda, conhecemos a nossa vocalista e a baterista pela internet e surgiu a Constantine, em Agosto desse ano fará 4 anos!! 



Bruno Moscan: A banda Constantine é uma banda muito conhecida na cena underground e é até errado dizer que ela é uma banda underground levando-se em consideração o número de fãs que vocês tem, quando foi o momento em que você percebeu que a banda Constantine ia decolar, qual foi aquele momento que você disse pra você mesma: agora vai!?

Monalisa Constantine: É dificil te falar o momento que pensei dessa forma, pq a gente quer crescer sempre, nosso sonho nunca está estacionado, as vezes nós que estamos dentro da Constantine não temos a noção de como está a repercussão do nosso trabalho por aí, claro que temos o conhecimento que cada dia cresce mais, pois o aumento de seguidores tanto em redes sociais como nos shows está sendo grande a cada apresentação! Mas depois que nós lançamos o EP "Nas suas costas" juntamente com o clipe, com certeza a Constantine está sendo bem procurada para participar de eventos e isso deixa a gente muito feliz, pois é o nosso objetivo.. uma CONSTANTE EVOLUÇÃO!

Bruno Moscan: Como é a relação com os fãs homens, eles respeitam bem, ou rola uns assédios de vez em quando? hauhauhauah desculpa, eu tinha que perguntar (risos).

Monalisa Constantine: Hahahaha se eu falar que não rola uns assédios vou estar mentindo feio, pq só de entrar 5 meninas no palco os homens já olham de outra forma, porem quando a gente começa a tocar aí a coisa muda, tem alguns que falam que a gente toca como homens, e eu particularmente não gosto desse comentario, pois vejo um preconceito nele, pq mulheres não podem tocar bem como mulheres? hahahhahah



Bruno Moscan: Mas você acredita que com o trabalho de bandas como a Constantine, esse tipo de preconceito possa ser quebrado e com o crescimento do número de mulheres na cena musical, a musicista profissional passe a ser mais respeitada e valorizada como outro musico profissional?

Monalisa Constantine: Com Certeza quanto mais mulheres instrumentistas aparecer mais o preconceito vai ficaR pra tras!!! Posso dizer que hoje depois de quase 4 anos de banda, nós garotas estamos sendo bem mais aceitas no meio da musica!


Bruno Moscan: Tenho que perguntar isso também mas em bandas masculinas, é quase certo que um músico ou outro (na minha opinião - todos) já saíram com alguma fã, e você, já saiu com um fã?

Monalisa Constantine: Hahahahahaha não, nunca sai com nenhum fã!



Bruno Moscan: O contra baixo é um instrumento grande e pesado e você consegue se dar muito bem com ele, qual o modelo (shape) que você mais gosta de usar e porque?

Monalisa Constantine: Sim, é bem pesado, inclusive tenho um  Epiphone modelo Thunderbird que é bem desconfortável de tocar pelo peso, mas era um dos meus sonhos ter esse modelo... adoro ele! Tenho um Cort C4H que não pesa tanto e prefiro usar em shows mais longos, é um ótimo instrumento! Em relação a shape não tenho preferencia, vou para o modelo que me chama mais atenção!!

Bruno Moscan: Você usa algum efeito no seu timbre ou segue a velha escola: Instrumento + amplificador e trabalha o timbre nos controles?

Monalisa Constantine: Eu ainda uso Instrumento + Amplificador + controles hahahha.. mas recetemente ganhei uma pedaleira e vou trabalhar em cima para ter novidades nos timbres! É sempre bom inovar né! 



Bruno Moscan: Quais amplificadores que você costuma usar? Que configuração (falantes, graves, médios, agudos, etc)?

Monalisa Constantine: Costumo utilizar os amplis da Meteoro, ainda não tenho um modelo especifico! Sobre a configuração gosto de peso, não gosto de som abafado, o médio tá sempre aparecendo ali no meio do grave, nada muito agudo!!

Bruno Moscan: De todas as músicas da Constantine, qual a que você mais gosta de tocar e porque?

Monalisa Constantine: Eu Gosto de tocar todas rsrs, mas no momento a que mais gosto de tocar é Hate it, quando a gente começa a tocar a galera passa uma energia que não tem explicação!



Bruno Moscan: Vocês já participaram de festivais e outros shows que envolviam outras bandas, alguma vez você percebeu algum preconceito das bandas formadas por homens apenas? Se sim, como você lida com esse tipo de atitude?

Monalisa Constantine: Já participamos de festivais grandes só que esse tipo de preconceito não chegou até a gente graças a Deus, não ouvimos nenhum comentário de mal gosto, até pq chegamos na final dos festivais passando por mais de 200 bandas inscritas, foi uma grande conquista pra gente!

Bruno Moscan: Quais são suas influências na carreira musical?

Monalisa Constantine: Sou muito eclética  mas tem algumas bandas que marcaram minha vida e me influenciaram, Red Hot Chili Peppers, O Rappa, Charlie Brown, Guns'n Roses, Iron Maiden e hoje em dia to escutando muito Halestorm!



Bruno Moscan: Quem é seu ídolo no mundo da música?

Monalisa Constantine: Meu coração é dividido em 3 partes nessa questão hahahha: Flea - RHCP / Steve Harris - Iron Maiden / Champignon - A Banca

Bruno Moscan: Quais são os seus planos para 2013?

Monalisa Constantine: São tantos rsrs, mas queremos gravar um álbum completo da Constantine, mas ainda temos muito o que trabalhar no EP "Nas suas costas", vem mais clipes por aí! ;)



Bruno Moscan: Você é endorse de alguma marca? Qual?

Monalisa Constantine: Fechamos um patrocínio de Amplificadores com a marca Meteoro, estamos bem felizes! 

Bruno Moscan: E você já sabe qual modelo de amplificador que você irá usar? Qual a configuração de amplificador que mais te agrada? (pergunto em relação a tamanho de falante, timbre mais seco mais doce, graves ou médio e etc)

Monalisa Constantine: Eu ainda não sei o modelo que vou usar!! Para cada tipo de palco eu uso um tamanho diferente, mas o timbre sempre proximo do que te falei....

Bruno Moscan: Deixe uma dica para todas as garotas que estão lendo esta matéria e que também querem ser grandes instrumentistas.

Monalisa Constantine: Normalmente as garotas temem ao preconceito que podem enfrentar, a maior dica é não ter medo de seguir seus sonhos, TODOS são capazes é só acreditar!

Onde serão os próximos shows, para que todos tenham a oportunidade de ver vocês ao vivo.

Monalisa Constantine: Vou colocar a agenda aqui atual aqui:
_ 13/04 - Ubarana - Centro - SP - A partir das 19 hrs - Gratuito
_ 21/04 - Territorio Custom - Guarulhos - SP - A partir das 17 hrs
_ 26/04 - Hangar 110 - SP - A partir das 18:30 hrs
_ 04/05 - Bar Dom Pedro - Ribeirão Preto - SP - A partir das 22 hrs
_ 08/06 - Inferno Club - Centro - SP - A partir das 20 hrs

Bruno Moscan: Deixe os seus contatos para os (as) fãs (Contatos seus e da banda)

Monalisa Constantine: Queria agradecer pela entrevista e toda a galera que curte a banda Constantine, meu facebook pessoal oficial é http://www.facebook.com/monalisa.ctn 
da é banda http://www.facebook.com/ConstantineRock  
site www.constantinerock.com.br

Muito obrigado Monalisa, nós agradecemos a sua participação aqui no Blog, espero em breve conseguir ir no show (se sobrar ingresso) para entrevistar toda a banda! Boa sorte para vocês meninas!


Acessem o site, confiram os clips e vídeos da banda Constantine porque vale a pena!



Write by Bruno Moscan.